A Suzano inaugurou, em dezembro, aquela que diz ser a maior fábrica de celulose em linha única do mundo, localizada em Ribas do Rio Pardo, no estado brasileiro de Mato Grosso do Sul.
Com capacidade de produção anual de 2,55 milhões de toneladas de celulose, a nova unidade representa um investimento total de 4,2 mil milhões de euros, dos quais 3 mil milhões de euros foram destinados à construção da fábrica e 1,2 mil milhões de euros à formação da base florestal e estrutura logística para escoamento da produção. Este é o maior investimento dos 100 anos de história da Suzano e um dos maiores investimentos privados realizados no Brasil nos últimos anos.
A cerimónia contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do presidente da Suzano, Beto Abreu, entre outras autoridades e executivos.
Impacto social e ambiental
Durante a cerimónia, o presidente Lula destacou a importância de projetos deste tipo para o desenvolvimento económico do Brasil, salientando a relação entre investimento, produtividade e crescimento. Lula também enalteceu os esforços da Suzano na promoção da diversidade e inclusão, evidenciados pela presença de 609 mulheres entre os colaboradores da unidade, 448 das quais no setor florestal.
A nova unidade é autossuficiente em energia verde, com um excedente de 180 MW médios, suficiente para abastecer cerca de 2 milhões de habitantes. Além disso, a fábrica reduz a emissão de gases de efeito estufa com a utilização de hexatrens – supercomboios capazes de transportar até 250 toneladas de madeira por viagem, diminuindo o consumo de combustíveis fósseis.
O presidente da Suzano, Beto Abreu, sublinhou o impacto social e ambiental do projeto:
“Este complexo industrial não só é autossuficiente em energia renovável, como planta 1,2 milhões de árvores por dia, retirando mais carbono da atmosfera do que emite. É um exemplo de como o desenvolvimento industrial pode ser sustentável e contribuir para o progresso económico e social.”
A base florestal que abastece a fábrica ocupa 599 mil hectares, dos quais 143 mil hectares são dedicados à conservação da biodiversidade. A Suzano também investiu em dois viveiros de mudas, em Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, com capacidade para produzir 75 milhões de mudas de eucalipto por ano.
Aumento da capacidade produtiva
Com o início das operações da nova fábrica, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano aumentou de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, representando um crescimento de mais de 20%. Em Mato Grosso do Sul, a Suzano opera agora três fábricas, totalizando uma capacidade de 5,8 milhões de toneladas de celulose por ano, reforçando o desenvolvimento socioeconómico da região.
Investimentos locais e sustentabilidade
Durante a construção da unidade, mais de 45 mil pessoas estiveram envolvidas no projeto, e foram gerados mais de 10 mil empregos diretos no pico das obras. Atualmente, a fábrica emprega cerca de 3 mil colaboradores diretos e terceiros. Para o desenvolvimento sustentável de Ribas do Rio Pardo, a Suzano investiu 57 milhões de euros em iniciativas como habitação, saúde, educação, segurança pública e projetos sociais. Adicionalmente, foram alocados 4,6 milhões de euros em programas voluntários focados na geração de emprego e renda.